segunda-feira, março 04, 2013

Olha quem fala...


A crise em Portugal, nas palavras de um reputado político do Partido Socialista:
Quem viveu muito acima das suas possibilidades, nas últimas décadas, foi a classe política e os muitos que se alimentaram da enorme manjedoura que é o orçamento do estado.
A administração central e local enxameou-se de milhares de "boys", criaram-se institutos inúteis, fundações fraudulentas e empresas municipais fantasma. A este regabofe juntou-se uma epidemia fatal que é a corrupção. Os exemplos sucederam-se:
Os Estádios do Euro 2004, a compra dos Submarinos, com pagamento de luvas e corrupção provada, mas só na Alemanha, as vigarices de Isaltino Morais - que nunca mais é preso - a que se juntam os casos de Duarte Lima, do BPN e do BPP, as PPP (16 parcerias público-privadas) e mais um rol interminável de crimes que depauperaram o erário nacional.
Todos estes negócios e privilégios concedidos a um polvo que, com os seus tentáculos, se alimenta do dinheiro do povo têm responsáveis conhecidos. E têm como consequência os sacrifícios por que hoje passamos.
Enquanto isto, os portugueses têm vivido muito abaixo do nível médio do europeu, não acima das suas possibilidades.
Não devemos pois, enquanto povo, ter remorsos pelo estado das contas públicas. Devemos antes exigir a eliminação dos privilégios que nos arruínam.
Assim, não é culpando e castigando o povo pelos erros da sua classe política que se resolve a crise. Resolve-se combatendo as suas causas, o regabofe e a corrupção. Esta sim, é a única alternativa séria à austeridade a que nos querem condenar e ao assalto fiscal que se anuncia.
Mais claro que isto, não podia ser, o sr. António Costa!